69- ALMAS GEMEAS

 

                                          ALMAS GÊMEAS

 

 

As almas se encontravam entre nebulosas nuvens a procura do sol.

Aquele mesmo sol que brilhava, mesmo que mais ninguém o visse.

Cada despedida, angustiava, doía, maltratava.

Cada reencontro era uma esperança de não viver de lembranças.

E assim iam seguindo... Se separando, se encontrando,

Tudo era tão vago, tão inconstante, e um medo constante

sempre presente não deixava que fossem realmente felizes.

Oh almas infelizes. Quantas vidas se passaram? Quanto tempo

passaram juntas sem se darem conta que novamente lhes era

Dado a dádiva de ser uma só.

Agora é primavera. Toda a natureza se engalana vestida

De cores e flores, de perfumes e odores que saem da terra

úmida e fresca.

Os pássaros gorjeiam a melodia do amor

e tudo se transforma.

Oh almas perdidas, não desperdicem a vida. O mundo aí está

 um Deus maior abençoa aos que amam.

Estão tão perto!

 Apenas o que os separa são essas nuvens, tão

fáceis de dissipar para que o mesmo sol que as aquecia

volte a brilhar!

 

Melinda